Bom, pode ser um sinal, tendo em vista que este é o tipo de investidor que passa no país, suga o máximo e depois vai embora.
Segue a reportagem.
Naiana Oscar - O Estado de S.Paulo
Sam Zell, o bilionário americano que fez fortuna no mercado imobiliário, está saindo a conta gotas dos investimentos que começou a fazer no Brasil em 2005. Nos últimos cinco anos, ele investiu R$ 500 milhões em seis empresas brasileiras: Gafisa, Bracor, BR Malls, AGV Logística e Brazilian Finance & Real Estate.
Em outubro do ano passado, Sam Zell vendeu pela terceira vez parte de sua fatia na construtora Gafisa, passando a deter 2,6% das ações. Na mesma ocasião, ele reduziu de 5,9% para 2,7% sua participação na BRMalls, empresa líder no setor de shopping centers no Brasil.
O presidente da Bracor, Carlos Betancourt, não informou como ficou a participação de Sam Zell na Bracor, depois da venda de ativos para o fundo Prosperitas. Próximo do investidor americano, ele garante que Zell não tem intenção de deixar os investimentos no Brasil. "Ele está prestes a anunciar novos negócios imobiliários por aqui", disse. "Não há qualquer situação que tenha diminuído o interesse pelo mercado brasileiro."
Em 2007, praticamente às vésperas de estourar a bolha imobiliária americana, Zell vendeu sua principal empresa, a Equity Office Properties, por US$ 38 bilhões, para o fundo Blackstone. Pode não ter passado de uma coincidência, mas depois disso, cada passo que ele dá é motivo para interpretações.
Em entrevista, por e-mail, ao Estado, o professor de Real Estate da Columbia University, John F. Tsui, disse que a saída de Sam Zell pode ser um sinal de que o mercado imobiliário brasileiro está sobrevalorizado. "Pode ser o sinal de saída de uma bolha de propriedade", disse o pesquisador.
5 comentários:
Pedro, amigao, essa noticia e' pra deixar todo mundo ai' de cabelo em pe'!
Um grande abraco
Kleber S.
Interessante a notícia. Por que será, que alguém tão poderoso no mercado imobiliário está retirando seus investimentos do Brasíl?
Quem está certo, o Sam Zell ou os investidores de Brasília, corretores e construtores, que afirmam que o investimento em imóveis tem valorização de 20 a 25% ao ano?
Onde tem fumaça, tem fogo.
E acho que o Setor Noroeste de Brasília vai incendiar, e muito.
Quero ver se o metro quadrado - cobrado hoje entre 8.500 a 10.000 - vai chegar aos 20.000 em 4 anos, como tantas Mãe Dinah do mercado imobiliário fazem previsão.
A receita de Sam Zell
As principais lições do investidor americano que acumulou uma fortuna de 3 bilhões de dólares comprando e vendendo imóveis
sam Zell: US$ 3 bilhões de lucro comprando e vendendo imóveis
Pergunte ao americano Sam Zell o que ele faria se tivesse uma quantia ilimitada de dinheiro para investir, e a resposta é imediata: "Eu compraria o Brasil", diz ele. Claro, o país teria de estar à venda para que o sonho de Zell fosse concretizado, o que não parece ser o caso - mas a resposta ajuda a entender como funciona a cabeça daquele que já foi chamado de o mais influente investidor da história do mercado imobiliário. Filho de imigrantes poloneses e dono de uma fortuna estimada em 3 bilhões de dólares, Sam Zell começou a construir seu império ainda estudante. Ele comprava apartamentos abandonados, reformava e alugava para outros estudantes. Apartamento vai, apartamento vem, tornou-se dono de 200 000 imóveis residenciais nos Estados Unidos. Seu negócio mais célebre foi a venda de sua empresa de imóveis comerciais, a Equity Office Properties, para o fundo americano de private equity Blackstone, por 39 bilhões de dólares - o maior negócio já feito no setor. Isso, vale lembrar, no fim de 2006, pouco antes da implosão do mercado imobiliário americano. Nos últimos 40 anos, Zell aprimorou o estilo de investimento que, agora, faz com que veja no Brasil as maiores oportunidades de lucro do planeta. Ele tem cerca de 1 bilhão de dólares investidos em empresas brasileiras, como Gafisa e BR Malls, e pretende aplicar mais, em setores como hotelaria e infraestrutura. Como ele, milhares de investidores estão apostando no potencial do mercado imobiliário brasileiro. EXAME procurou Sam Zell para conhecer os pilares de seu método - e entender como os pequenos investidores podem aprender com ele. Veja suas principais lições. É a demografia, estúpido
Sam Zell é um escravo confesso da velha lei da oferta e da demanda. Na última década, ele saiu pelo mundo em busca de mercados em que as forças da demografia oferecessem perspectivas de retorno maior que o obtido nos países ricos. O primeiro alvo foi o México. Em 2002, quando o mercado imobiliário do país passava por uma profunda transformação, puxada principalmente pela explosão de consumo da baixa renda, Zell comprou uma fatia da construtora popular Homex - a participação foi totalmente vendida em 2008, com lucro estimado na casa dos 1 000%. O segundo alvo é o Brasil. Uma conta mágica o atraiu: o país precisa de 8 milhões a 10 milhões de imóveis para atender à demanda que já existe - e ele acredita que isso vá gerar boas oportunidades em diferentes segmentos do setor imobiliário. A partir de 2005, Zell investiu na incorporadora Gafisa, na administradora de shoppings BR Malls, na construtora voltada para a baixa renda Tenda, no grupo de investimentos Bracor e na financeira Brazilian Finance. "Muitos magnatas do setor imobiliário não prestam a devida atenção na demanda, se deixam levar por premissas complexas e fazem investimentos desastrados", diz o escritor Ben Johnson, biógrafo de Zell. "Ele investe com base em ideias simples, e o Brasil é uma ideia muito simples."
São Paulo - As perspectivas de inflação mais alta e desaceleração da economia brasileira não desanimam o megainvestidor Sam Zell. Sua empresa, a Equity International, participa do capital de seis empresas locais, mas a expectativa de Gary Garrabrant, CEO e sócio de Sam Zell na Equity, é de, pelo menos, dobrar esse número. No cenário mais otimista, a Equity pode vir a participar de 14 empresas.
“Nossa perspectiva para o Brasil continua muito entusiasta”, afirmou Garrabrant a EXAME.com. No país, o fundo de investimentos participa, basicamente, de empresas do setor imobiliário, entre elas a incorporadora Gafisa e a administradora de shopping centers BR Malls. Garrabrant prefere não dar um prazo para a expansão dos investimentos por aqui, mas uma referência é o fundo E1 da Equity – o primeiro a aplicar recursos de Sam Zell no Brasil. O E1 demorou cinco anos para investir em seis empresas.
O último investimento no Brasil foi feito em fevereiro, quando o fundo aplicou 58 milhões de dólares na GuardeAqui, empresa brasileira privada de armazenagem de móveis comerciais e residenciais.
Entre as oportunidades no país, Garrabrant listou, além do mercado imobiliário e de infraestrutura, aeroportos, esportes - atividades relacionadas a Olimpíadas e à Copa do Mundo – e infraestrutura de transportes. A empresa procura negócios dinâmicos. “O Brasil, para nós, é como os Estados Unidos nos anos 1950, 1960. Há tanto a fazer”, afirmou Garrabrant.
A Equity não está disposta a concentrar sua atenção apenas na região Sudeste, onde realizou os primeiros investimentos. “Foi o começo natural, mas agora estamos começando um segundo capítulo”, afirmou Garrabrant. Através da BR Malls e da Gafisa, o fundo foi introduzido a outras regiões do país. “As oportunidades do Brasil não estão limitadas ao Sudeste”, disse.
O CEO também destacou o papel do programa Minha Casa Minha Vida. “O projeto é muito interessante e o Brasil pode mostrar o caminho para outros países”, disse. O fundo ainda vê pontos que precisam ser melhorados, especialmente em infraestrutura. “Os estrangeiros não apreciam a complicação que ainda existe aqui”, afirmou o CEO.
Bolha
Garrabrant não acredita que o Brasil vá passar por um problema parecido com o que acometeu os Estados Unidos – e por conseqüência o mundo – em 2008. “Não vamos nos esquecer que os Estados Unidos tiveram décadas de crescente acesso fácil a capital”, afirmou. Para ele, as regras mais rigorosas para obter crédito no Brasil são um ponto positivo, nesse aspecto. “Ainda é difícil tomar empréstimos aqui, e isso é bom”, disse.
Apesar de ver muitas oportunidades, a empresa ainda não mostra pressa para investir em em aeroportos ou no setor de esportes. “Há o suficiente para fazer no setor de real state”, afirmou Garrabrant. O CEO virá ao Brasil em maio, para participar do Adit Invest.
O se eu fosse Sam Zell, também sairia não porque o mercado está ruim. Mais explorar um outro mercado no mesmo seguimento imobiliário chamado Self Storage com retorno de investimento em 8 a 10 anos. Esse mercado tem crescido cada dia principalmente em São Paulo.
conheçam esse mercado.
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