15 de ago. de 2010

Lições NÃO aprendidas...

Interessante texto publicado no site http://bolhaimobiliaria.blogspot.com

Lições NÃO aprendidas...
Recentemente li uma reportagem de 2002 (cliquem para visualizar), cujo título era:

"Bolha" imobiliária pode estourar nos EUA

Vamos analisar alguns trechos da reportagem:

Se há, realmente, uma "bolha" no mercado imobiliário do país, ela é caracterizada pelo fato de as famílias estarem comprando casas como forma de investimento -e não apenas para morar. Esse fato é ilustrado pelo descompasso entre os preços de aluguel e de compra de uma casa.

Isso tem a cara de Brasília, onde os aluguéis rendem hoje cerca de 0,3% ou 0,4% do preço dos imóveis, enquanto a poupança está rendendo a cima de 0,5%. Além disso, você provavelmente tem colegas, ou já ouviu falar de alguém que está adquirindo um imóvel em Brasília esperando retorno financeiro.

"No momento em que um grande comprador não conseguir honrar um desses empréstimos, ele pode detonar o fim da "bolha", se ela existir", diz Nóbrega.

É o que aconteceria se os juros subissem e o financiamento não coubesse mais no bolso. Outra possibilidade seria uma crise (internacional ou não), que faria com que as pessoas naturalmente tivessem medo de gastar. Muitas pessoas hoje compram imóveis, esperando uma valorização para vender rapidamente. Mas, e se não houver mais compradores por conta de uma crise? Esta mesma pessoa teria que vender os imóveis rapidamente a preço de banana, pois não poderia arcar com os custos a longo prazo. Esse efeito em cascata levaria os preços para baixo.

Como o proprietário percebe que seu patrimônio vale cada vez mais, passa a acreditar que tem um maior poder de compra. Se por um lado ele pode achar menos necessário guardar dinheiro para o futuro, por outro pode se lançar a novas aquisições.
"É uma situação semelhante ao que aconteceu com a valorização do real diante do dólar no começo do Plano Real", explica Guilherme da Nóbrega, economista-chefe do banco Fibra. "As pessoas tinham a sensação de que o poder de compra da moeda era forte. Contraíram dívidas em dólares e, com a desvalorização, tiveram sérios problemas financeiros."

Reparem que mesmo essa reportagem sendo de 2002, o auge da crise ocorreu somente cinco anos depois, em 2007 e 2008. Não posso afirmar que o mesmo irá ocorrer em Brasília, mas ao que tudo indica, boa parte dos problemas que ocorreram no mercado imobiliário americano, estão ocorrendo por aqui. Todo cuidado é pouco! Reflitam

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